"Acreditamos que a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. Se a nossa opção é progressiva, se estamos a favor da vida e não da morte, da equidade e não da injustiça, do direito e não do arbítrio, da convivência com o diferente e não de sua negação, não temos outro caminho se não viver a nossa opção, encarná-la, diminuindo, assim, a distância entre o que dizemos e o que fazemos." Paulo Freire



domingo, 18 de março de 2012

Projeto: Construindo o conhecimento através da Música e dos Contos de Fada

  

 
Berçário II/C
Profª: Aparecida e  Profª: Marinalva

A pesquisa

A Importância da Música na Educação Infantil

Desde que se estuda a história da humanidade, tem-se observado que a música sempre fez parte da vida do homem. Em qualquer parte do mundo, em todas as épocas, a música e o homem sempre viveram juntos. Podemos suprir que no principio, o homem reproduzia os sons que ouvia na natureza, como o vento forte e seu sussurrar nas folhagens, a água dos rios, o estalar dos galhos, o canto dos pássaros e tantos outros não só com a intenção de imita-los, mas também porque essa era a música que ele conhecia. A música é uma linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio de organização e relacionamento expressivo entre o som e o silêncio.  A música está presente em todas as culturas, nas mais diversas situações. Faz parte da educação desde há muito tempo, sendo que, já na Grécia antiga, era considerada fundamental para a formação dos futuros cidadãos. É necessário que o professor desenvolva a música em vários momentos do dia, porém não de forma rotineira e automática. Devemos dar à criança oportunidade de viver a música, apreciando, cantando e criando som.

A IMPORTÂNCIA DOS CONTOS DE FADAS

Cada vez mais surgem evidências de que os sistemas de crenças produzem efeito decisivo sobre o funcionamento do ser humano, tanto psíquico quanto fisiológico, de modo que crenças que nos infundem esperança de vitória são de grande ajuda na superação de dificuldades, mesmo na vida adulta. Alguns autores vão mais além ao afirmar que se, por qualquer razão, uma criança for incapaz de imaginar seu futuro de modo otimista, ocorrerá uma parada no seu desenvolvimento geral. E trazer mensagens da vitória do bem sobre o mal é o que os contos de fadas fazem com maestria. Evocam sempre uma verdade atemporal. A criança, internamente, fará a transposição para a sua realidade atual. E em função de suas necessidades psíquicas momentâneas, irão reelaborando seus conteúdos internos através da repetição da estória. É por isso que tão comumente vemos as crianças pedirem a seus pais que repitam a mesma estória inúmeras vezes (ou desejam ver o mesmo filme repetidamente), que a contem novamente sem nenhuma modificação: trata-se da referência que ela está usando para compreender-se, para elaborar suas angústias ainda não resolvidas. Além disso, a repetição lhe dá uma confirmação do conteúdo que ela está processando. Ela precisará dessa confirmação até que o conflito interno esteja solucionado. Só então deixará de solicitar aquela estória.
Outra função importante dos contos de fadas é a de resgatar o “tempo da alma”, pois a vida infantil precisa cumprir cada etapa do seu desenvolvimento para que uma estrutura psíquica equilibrada possa ser elaborada. A alma tem um tempo próprio, característico, ainda ditado pelos ritmos da natureza, que não costuma ter pressa. O “tempo da alma” é que regula o passo das fases do amadurecimento humano, em oposição à ansiedade e acúmulo de demandas, cobranças e pressões de toda sorte que a sociedade moderna exerce sobre os indivíduos, mesmo sobre as crianças.
A prática do compartilhamento dos contos de fadas (pais lendo ou contando para os filhos, professores para os alunos, etc. com posteriores conversas sobre a estória) deve ser estimulada porque nessa atividade fica mais fácil para as crianças falarem sobre suas angústias, partilhar suas dúvidas e ansiedades sem se expor pessoalmente. Isso é possível, pois ao comentar uma estória, estarão falando dos seus sentimentos, mas não diretamente de si próprias, já que, estarão utilizando o recurso das personagens e de uma situação fictícia como apoio. Deve-se, preferentemente, escolher estórias que apresentem um final feliz. Vale lembrar que, em meio a esse tipo de atividade, não cabe qualquer espécie de julgamento moral ou censura. O que importa aqui não é ensinar às crianças como se comportar (o que, por sinal, a própria estória já faz, de uma maneira muito mais rica e ilustrativa, ao mostrar as conseqüências dos atos de cada um), mas oferecer às crianças a oportunidade de expressarem suas dificuldades emocionais de uma maneira protegida.
Sintetizando, os contos de fadas passam às crianças a mensagem de que na vida é inevitável ter que se deparar com dificuldades, mas que se lutarem com firmeza será possível vencer os obstáculos e alcançar a vitória.

Justificativa

A música e os contos de fadas deixam o ambiente tranqüilo e alegre, ajudando a criança a conviver de forma tranqüila na escola, um ambiente até então desconhecido para ela.
A criança sente se insegura e chora muito ao quando começa freqüentar a escola e se separa de seus familiares e ao passar do tempo o convívio num ambiente onde a musica se faz presente, começa a dançar e acompanhar com gestos e palmas os ritmos que estão ouvindo, memorizando trechos o que facilita sua comunicação e seu desenvolvimento.
Os contos de fadas vem completar despertando a atenção, a concentração, desperta o interesse ao depararem com figuras coloridas das histórias, desenvolvendo a imaginação e a criatividade.

Objetivos
  • Oferecer às crianças experiências no campo do ritmo, audição e expressão corporal.
  • Desenvolver a atenção, o gosto e a sensibilidade em relação à música.
  • Despertar na criança o interesse pelos livros através das histórias.
  • Estimular a comunicação através da memorização das musicas e das histórias.
  • Desenvolver a imaginação e a criatividade.
Estratégias

  • Ambiente adequado para a realização das atividades, atendendo as necessidades e o interesse da criança, com rotinas flexíveis.
  • Expressão corporal através da dança de diferentes ritmos
  • Músicas com gestos
  • Jogos e brincadeiras que envolvam música e movimento utilizando bolas e bexigas.
  • Brincadeiras que utilizem música
  • Momentos de rotina diária como, higiene, alimentação, repouso, etc., trabalhos com músicas relacionadas ao momento.
  • Contar histórias interagindo e expressando desejos e sentimentos
  • Familiarizar-se com a escrita através de manuseio de livros e revistas
  • Dramatização de histórias
  • Teatro de fantoches
  • Dobraduras

Recursos:
Livros de literatura infantil; Fantasias; Fantoches; Diferentes tipos de papeis ; EVA; Aparelho de som; Dvd’s; Cd’s; Aparelho de áudio; Aparelho de vídeo; Painel ilustrativo; Sucatas; Cola, tesoura; Fita adesiva (durex, dupla face, fita crepe)

AVALIAÇÂO

A avaliação deverá ser contínua, respeitando a individualidade de cada criança.

Referências Bibliográficas

BETTELHEIM, Bruno – A Psicanálise dos Contos de Fadas. Edit. Paz e Terra, Rio de Janeiro, 1980.
VON FRANZ, Marie-Louise – A Individuação nos Contos de Fadas. Edit. Paulus, São Paulo, 1980.
Pregnolato Mariuza – Texto: “A Importância da Música na Educação Infantil”
Estimulação Precoce – “Inteligência Emocional e Cognitiva”
A Nova Pré-escola - Maternal


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